Conforme o tributarista Renzo Bahury de Souza Ramos, os serviços de streaming, como Netflix, Disney+ e outros, podem ficar mais caros no Brasil devido a um novo Projeto de Lei (PL 2331/22) em análise na Câmara dos Deputados. A proposta visa aumentar a quantidade de conteúdo nacional nas plataformas e revisar a cobrança de impostos no setor.
Mudanças na tributação: proposta de nova tributação
O PL 2331/22 propõe a inclusão da Condecine, um tributo que financia o cinema e o audiovisual no Brasil, na tributação dos serviços de streaming. As alíquotas variam conforme o faturamento da empresa: empresas que faturam mais de R$ 96 milhões pagarão 3%, aquelas que ganham entre R$ 4,8 milhões e R$ 96 milhões pagarão 1,5%, e empresas com faturamento inferior a R$ 4,8 milhões estarão isentas.
Incentivo à produção nacional
O projeto também incentiva a produção de conteúdo local, reduzindo o tributo pela metade se 50% do catálogo for de conteúdo nacional. Além disso, de acordo com Renzo Bahury de Souza Ramos, os serviços de streaming terão que manter um número mínimo de obras nacionais nos catálogos, proporcional ao tamanho da biblioteca.
Impacto global e local: crescimento do consumo de streaming
Enquanto o Brasil discute essas mudanças, o consumo de streaming cresce globalmente. Nos Estados Unidos, o streaming alcançou 40,3% do consumo de vídeos em junho, superando a TV paga. Esse crescimento reflete a popularidade e a importância dos serviços de streaming no entretenimento moderno.
Consequências para o mercado brasileiro
Se aprovado, o PL 2331/22 mudará o cenário dos streamings no Brasil. A exigência de um percentual mínimo de conteúdo nacional pode valorizar a produção local, gerando novas oportunidades para artistas e produtores brasileiros. Assim como destaca Renzo Bahury de Souza Ramos, a tributação progressiva pode criar um ambiente mais competitivo, beneficiando tanto grandes empresas quanto novos entrantes no mercado.
Reforma tributária e seus efeitos: unificação de impostos
Além do PL 2331/22, a reforma tributária em discussão no Brasil também pode impactar os serviços de streaming. A unificação de impostos, como PIS, Cofins e ISS, em um novo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), pode aumentar a carga tributária para essas empresas.
Especialistas afirmam que o aumento da alíquota máxima de 14,25% para cerca de 25% fará com que os custos sejam repassados aos consumidores, resultando em assinaturas mais caras. Conforme Renzo Bahury de Souza Ramos, a reforma tributária, prevista para entrar em vigor em 2027, pode, portanto, encarecer significativamente os serviços de streaming.
As mudanças propostas no PL 2331/22 e na reforma tributária podem trazer um aumento nos preços dos serviços de streaming no Brasil. De acordo com o tributarista Renzo Bahury de Souza Ramos, embora essas medidas visem incentivar a produção nacional e criar um ambiente tributário mais justo, o impacto no bolso do consumidor será inevitável. Fique atento às próximas atualizações sobre essas propostas e prepare-se para possíveis ajustes no orçamento destinado ao entretenimento digital.