Um Fundo de Investimento internacional investe em ativos de Renda Fixa e Variável de diferentes países, buscando diversificação e oportunidades de retorno. Algumas vantagens incluem investir em mercados emergentes e empresas líderes mundiais, redução de riscos através da diversificação global, gestão profissional da carteira, acesso a moedas estrangeiras, facilidade de investimento e liquidez, e potencial de retorno mais alto comparado a aplicações em apenas um país ou região.
Investidores que buscam diversificar suas carteiras e buscar rentabilidades mais elevadas muitas vezes se deparam com a alternativa de investir por meio de Fundos de Investimentos internacionais.
Esses Fundos permitem que os investidores tenham acesso a ativos e mercados que, de outra forma, seriam inacessíveis ou não vantajosos.
O que é um Fundo de Investimento internacional?
Inicialmente, precisamos definir o que é, na prática, um Fundo de Investimento Internacional. Sua constituição e funcionamento é bem semelhante com os outros tipos populares no mercado (Ações, Cambiais, Renda Fixa e Multimercados).
Um Fundo de Investimento internacional é uma modalidade de investimento coletivo que busca alocar seu patrimônio em ativos financeiros no exterior.
Por meio deles, os investidores podem investir em ações, títulos, moedas e outros ativos em diversos países ao redor do mundo, podendo obter retornos expressivos e exposição a economias com alto potencial de crescimento.
Assim sendo, uma parte ou o total do patrimônio do Fundo é aplicado em ativos listados em mercados e Bolsas estrangeiros, sejam eles de Renda Fixa ou Variável.
Então, o investidor compra uma ou mais cotas para participar do Fundo que é administrado por um gestor profissional.
Todas as pessoas podem investir em Fundos internacionais?
Pela regra da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), os Fundos que tiverem até 40% ou mais do seu patrimônio fora do Brasil são considerados Fundos destinados a investidores qualificados (patrimônio de ao menos R$ 1 milhão).
Para o público geral, a instrução da CVM é de que os Fundos limitem em 20% do seu patrimônio em ativos estrangeiros. Além disso, o investidor comum pode complementar sua estratégia de diversificação internacional com ETFs e BDRs.
Contudo, investir em Fundos internacionais pode envolver riscos, como flutuações cambiais e políticas governamentais que podem afetar os mercados.
É importante, portanto, conhecer as suas características e contar com a Assessoria de profissionais especializados para tomar as decisões de investimento mais adequadas. Vamos entender mais sobre eles a seguir!
Como funciona a gestão de um Fundo internacional?
A gestão de um Fundo de Investimento internacional envolve a seleção e alocação do patrimônio em ativos em diferentes mercados internacionais (principalmente EUA, Europa, Ásia e países emergentes) visando obter a melhor rentabilidade para os cotistas.
Essa gestão é realizada por uma equipe de profissionais especializados, que acompanham de perto as oscilações dos mercados globais e fazem análises constantes para identificar as melhores oportunidades de alocação.
Os gestores do Fundo também têm a responsabilidade de garantir que a carteira esteja alinhada com os objetivos e perfil de risco da estratégia estabelecida e documentada, além de cumprir as normas e regulamentações dos países onde o Fundo está investindo, como os EUA ou da Europa, por exemplo.
Antes de passar ao próximo tópico, saiba mais sobre a administração dos Fundos com a nossa especialista Paloma Brum:
Rentabilidade: o que é e como funciona nessa aplicação?
Afinal, como os cotistas ganham ao investir nesses Fundos? Basicamente, isso acontece pela valorização das cotas.
A rentabilidade para os cotistas de um Fundo internacional é calculada a partir do desempenho do Fundo no mercado financeiro global.
Esse desempenho é afetado por diversos fatores, como o contexto econômico mundial, a política dos países, as variações cambiais e a performance das empresas e outros ativos da composição da carteira.
É importante destacar que a rentabilidade de um Fundo de Investimento internacional pode variar ao longo do tempo, sendo influenciada pelos mesmos fatores que impactam o mercado financeiro global ou o desempenho dos ativos escolhidos.
Quais são os tipos de Fundos de Investimentos internacionais?
Basicamente, são 3 os principais tipos de Fundos de Investimentos internacionais, de acordo com sua estratégia (Renda Fixa, Variável ou Cambial).
Renda Fixa: aqueles que investem a maior parcela do patrimônio em ativos de Renda Fixa no exterior, como títulos emitidos por bancos, títulos públicos, títulos de dívida de empresas estrangeiras e outros.
Renda Variável: são os Fundos que aplicam em stocks (ações de empresas em Bolsas no exterior), ETFs internacionais, cotas de outros Fundos mundo afora, etc.
Cambiais: alocam o patrimônio, em sua maior parte, em ativos e investimentos atrelados à variação cambial ou a uma moeda estrangeira que, geralmente, é o dólar ou o euro.
Lembrando que os Fundos podem mesclar essas estratégias para diversificar seu portfólio, alcançar melhores resultados ou adicionar proteção à carteira.
Antes de passar ao próximo tópico, confira um resumo sobre os principais tipos de Fundos e onde eles investem:
Fundos de Ações (FIA): pelo menos 67% da sua carteira em ações.
Fundos Multimercados (FIM): em Renda Fixa e Renda Variável.
Fundos de Renda Fixa (FIRF): pelo menos 80% do patrimônio em títulos de renda fixa públicos e privados
Fundos Cambiais (FIC): pelo menos 80% da carteira investida direta ou indiretamente no mercado de câmbio
Fundos Internacionais: são Fundos Multimercados ou Cambiais que investem em ativos da Bolsa, dos mercados de câmbio, commodities ou Renda Fixa no exterior.
Fundos de Previdência Privada: investem em diversos ativos. Tem incentivo fiscais e diversas opções de resgate
Fundos Imobiliários (FII): investem em ativos imobiliários;
Exchange-traded Funds (ETF): cria uma carteira de ações, títulos ou commodities que replica algum índice de referência.
Vantagens: por que investir em Fundos internacionais?
Entre as principais vantagens dos Fundos de Investimentos internacionais, podemos destacar:
Diversificação regional: possibilidade de investir em ativos de outros países e regiões com uma única aplicação, reduzindo a exposição a riscos locais e aumentando o potencial de retorno da carteira.Gestão profissional: realizada por profissionais 100% dedicados ao mercado, experientes e especializados em investimentos internacionais.Acessibilidade: acesso a mercados e ativos internacionais que podem ser inviáveis ou caro para investidores individuais.Alta liquidez: possibilidade de resgatar as cotas de forma fácil e rápida, em geral, em até alguns dias úteis.Proteção cambial: proteção do poder de compra do dinheiro, atrelando parte do seu patrimônio a moedas de economias fortes.
Quais são os principais riscos desses Fundos?
Via de regra, os Fundos de Investimentos internacionais apresentam alguns riscos aos investidores, como a instabilidade política e econômica nos países onde ele está investindo, flutuações no valor do câmbio, mudanças nas leis e regulamentações, entre outros fatores que podem afetar negativamente a rentabilidade de modo geral.
Ademais, seu desempenho pode ser afetado pela volatilidade do mercado de ações e das outras classes de ativos que compõem a carteira. É importante que os investidores avaliem cuidadosamente esses riscos antes de investir e considerem se essa opção se encaixa em seu perfil de risco e objetivos de investimento.
Como investir em Fundos internacionais?
Para investir em Fundos internacionais, você só precisa de uma conta ativa em uma corretora de investimentos autorizada, como a Toro, buscar o Fundo desejado após estudá-lo e observar itens que varia de acordo com cada um deles, tais como:
Investimento e aporte mínimos.
Prazo e liquidez.
Horário de movimentação e resgate.
Composição da carteira e índice de referência.
Histórico de rentabilidade.
Relatórios e lâminas gerenciais.
Índice de Sharpe.
Taxas e custos.
Quais é o melhor Fundo de Investimento Internacional?
Entre os melhores investimentos para 2024, os Fundos que os Analistas da Toro consideram oportunidades interessantes dadas as condições atuais de mercado são:
BV Dólar Cambial FIC FI: busca a valorização de suas cotas através da aplicação de seus recursos em cotas de Fundos de Investimentos Cambiais regulamentados pela CVM, visando a superação no longo prazo da variação do dólar oficial em relação ao real.
Western Asset US Index 500 FI Multimercado: busca a valorização dos capitais investidos pelos cotistas por meio investimentos nos mercados de Renda Fixa e Variável, buscando a maior exposição possível no segundo.
Lembrando que sempre é importante complementar sua diversificação no exterior por meio dos BDRs e ETFs específicos para isso.
Quais são as taxas, impostos e custos para investir?
Investir em Fundos de Investimentos internacionais pode envolver diferentes taxas e custos, como a taxa de administração, que remunera a gestora, e a taxa de performance, cobrada quando ele apresenta desempenho superior ao índice de referência (benchmark).
Além disso, é importante considerar os custos relacionados à operação de câmbio, como spread e IOF, e as possíveis tributações em relação aos rendimentos e ganhos de capital, que variam conforme a legislação do país onde o Fundo está registrado e a residência fiscal do investidor.
Por isso, é fundamental entender bem todas essas questões antes de investir em um Fundo de Investimento internacional e avaliar se os custos e impostos não comprometem a rentabilidade esperada.